sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Guedros Mifalenos Altriudos Lennoniel


Esta é a lenda do maior artesão de itens mágicos de toda Menestrello. Dizem que ele está a serviço de Valsius e por isso lhe é permitido continuar em sua profissão, porem, ele detém muitos conhecimentos e poderes proibidos, e por isso é constantemente vigiado.
Contam que ele era o melhor amigo de Beatrice e que nem mesmo ele sabe do paradeiro da antiga rainha. A verdade é que esse pequeno mago gnomo é um especialista no que faz e sua mágica, uma das maiores no reino. As lendas sobre ele contam coisas como derrotar dragões com os pés amarrados nas costas, fazer desaparecer uma montanha inteira e ter destruído para Valsius como sinal de lealdade dois dos maiores lideres da antiga rebelião. Guedros diz que isso nunca aconteceu, mas nunca negou que trabalha para Valsius. Ultimamente dizem os observadores que vigiam Guedros que ele arranjou um aprendiz humano e que esse aprendiz entra constantemente no “Pântano das Almas”. Parece que “o artífice” como o chamam não foi domado por inteiro...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal


Eis que chega o dia
Em que os reinos
Se iluminam
E tudo é festa

Bardos sorriem
Enquanto cantam
As famílias
Em troca de aconchego

Tavernas vazias
Anunciam que
A noite é cheia
Para quem tem um lar

Aventureiros se sentam
E comem seu banquete
Celebram a união
Mesmo que de amigos

Aos amigos, união
Que o natal
Encha-se de luz
E alegria

E que agora
Os bardos possam
Cantar a alegria
Do próximo ano.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Enchilios


Água, frio, o que é isso? Onde eu estou? Quem sou eu? A razão começa a retornar ao meu corpo, em minha mente várias coisas que eu sei. Como as aprendi? Estou deitado num pântano, a água cobre meu corpo, mas não o suficiente para me afogar. Sinto o cheiro de sangue vindo de meu rosto, mas não existem ferimentos. Então levanto-me e observo tudo, revelando vários pedaços de roupas que bóiam nas águas paradas do alagadiço, corpos que criam o fundo deste lugar. Que maldição existe aqui? O que está acontecendo? Nada me chama a atenção nesses farrapos flutuantes, apenas um símbolo, o mesmo que gravado em minha capa, um 'V' com ornamentos prateados. Percebo a silhueta de uma mulher se aproximando, seria a minha salvadora ou minha ruína? Procuro, instintivamente, por minha arma Tenho certeza, já a usei algumas vezes. Empunho a besta e carrego-a esperando a criatura se aproximar. Ela diz que é a senhora do pântano e foi pertubada por explosões. Explosões? Não me lembro de nada. Ela insisti para que eu a acompanhe até sua casa, porque ali, com o cair da noite, não seria um lugar seguro. Tomo nota de tudo que ela me diz, talvez a prevenção possa me salvar de outra cilada como esta que a minha mente criou. Dúvidas, dúvidas, dúvidas..., aliadas à minha curiosidade natural, fazem com que eu a siga buscando o desconhecido.'

domingo, 16 de dezembro de 2007

Nabérius


Astúcia e Malícia
Moveram os impulsos
Da grande Bruxa
Para seduzir o Rei dos reis

Fugiu deixando seu legado
Vista apenas por aqueles
Que vagam pelas terras
Trocando favores

Herdeira de alma
Aquele que detêm
Todo o poder
De controlar sua terra

Quando a grade foi selada
A Bruxa retornou
Clamando o amor do filho
Condenada a morrer

Herdeira de alma
Aquele que detêm
Todo o poder
De controlar sua terra

Treze Guerreiros
Aprisionaram-na em sua fúria
Exilaram-na em uma terra
Que chora uma névoa densa

Defendeu-se das garras sórdidas
Do seu herdeiro sem amor
E vaga sem um destino
Trocando seus conhecimentos

Por um simples favor
Herdeira de alma
Aquele que detêm
Todo o poder
De controlar sua terra.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Gato por Lebre



Meus caminhos são tortuosos.
Mais tortuosos que os daqueles que acham que entendem a magia e os designios dos deuses.

Me chamam Walleria
Os antigos da minha família dizem que uma das minhas ancestrais há muito tempo teve um tórrido romance com uma fada...
Desde esse dia, a filha mulher nascida na familia a cada 50 anos é oferecida como sacerdotiza ao Deus da Justiça, para reparar as maldições e infortunios que possam vir dessa união proibida e desse sangue maculado.
Ali estava eu. Jóvem, inocente, pura...sim...pura.
Mas a vida me deu de presente a lascividade de meus ancestrais faéricos, e meu corpo não podia suportar a privação dos prazeres de Pan. É uma herança de saúde e vida, não de pecado.
Mas alguém se aproveitou disso.
Ao ser informada de que entregando meus votos ao Deus da Justiça, e só a ele, eu deveria também entregar meu corpo aos prazeres divinos, e nenhum mortal jamais deveria me tocar.
Fiquei atormentada e acreditei naquele homem sagaz e manipulador.
Desisti do Deus, envergonhei e amaldiçoei a família e ganhei muitos inimigos.
Mas ao final, entreguei meu tesouro ao homem que me "libertara".
Tarde demais...
Ele partiu, satisfeito e risonho, enquanto eu, destruida, acabada e miseravelmente tomada pelo ódio, descobri que era tudo mentira, que o Deus da Justiça é Justo. Logo ele não exige a privação dos prazeres carnais de suas sacerdotizas, desde que seja com homens justos.
E eu me entreguei logo ao injusto, ao desgraçado e ao desonrado que eu hei de esfolar vivo algum dia.
Indigna.
Não sou mais capaz de agradar ao Deus da Justiça, pois fui injusta com ele...
No caminho encontrei consolo nos grimórios da magia.
E hoje, minha sina é seguir o maldito que arruinou minha vida e carregar a suposta maldição que me atormenta, fazendo dos prazeres da carne um ato perigoso para mim, pois algo muito estranho sempre acontece quando sucumbo as praticas de pan.
Hoje, sigo a pista do miseravel e chego a um estranho reino, onde so se comenta sobre uma certa música e um certo trovador...
Acho que aqui começa realmente meu destino.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A Bela e o Tirano










Em um reino

Bardos cantam

A lenda do Rei guerreiro

E do sábio feiticeiro


Unidos pelo sangue

Separados pelo pecado

A luxúria fez com que um

Decaísse perante o outro


O céu tornou-se escuro

Dias subsistiram em suas mãos

Mas a Beleza se foi

E preparou seu recomeço


Para retomar sua beleza

Trancou sua terra

Aprisionou seus filhos

E congelou o coração


Criança revolta

Fora descoberta

Mas jamais pega

Seus amigos foram mortos


Vingança se prepara

Para os puros de coração

A beleza anseia libertar

Sua terra das trevas

E de sua sina obscura.

Era Uma Vez um Trovador





















Um só poeta vagando por terras eu sou
Cantando, dançando e achando respostas para toda
pergunta 
As estalagens estão cheias 
 
E uma também cruza meu caminho 
Talvez eu deva apenas me retribuir com uma cerveja, ou
duas 
 
Esta pousada é lugar de muitos contos românticos 
No sótão mulheres ofertam seu ganha-pão 
Mas meus olhos encontraram uma garota querida por  todos 

Uma escrava ela é, mas pra mim, uma rosa desbotada

Ouça-me cantar


veja-me dançar


Toque vosso lute


E compartilhe comigo esta dança



Enquanto ela dançava, meus olhos brilhavam


Lá estava ela, uma tão divina donzela


Como poderia eu me aproximar com meu tão pobre visual



Sua beleza sendo muito mais daquilo que eu poderia


resistir



Então perguntei se eu podia cantar uma canção


Com uma linguagem antiga e inteligência


Juntaram-se os homens em nossa volta



Eu e a garota vestindo trapos


Logo eram as melodias ouvidas por todos

 
 
Ouça-nos cantar

Veja-nos dançar

Cante conosco este conto
Com um bater de palmas 
 
As histórias há tempos esquecidas nós ainda sabíamos

Apresentando nossas habilidades onde fôssemos
Eu termino minha história quando recebo um beijo 
De minha garota, a mais querida Beatrice 
 
Ouça-nos cantar 
Veja-nos dançar 
Cante conosco este conto 
Onde a música continuará viva